Na manhã desta sexta-feira (9/10), a diretoria, conselheiros e servidores do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Pará (CRMV/PA), participaram de confraternização em homenagem ao Círio de Nazaré, no auditório da sede do Regional, respeitando todas as medidas de distanciamento social.
O momento de celebração contou com a participação do voluntário do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, Elton Sacramento, que abrilhantou o encontro com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Ele fez uma oração com a diretoria e colaboradores e deixou uma mensagem de esperança.
“Esse é um Círio diferente, Nossa Senhora nos permite olhar para dentro de nós mesmos. O manto representa a metamorfose desse momento em que vivemos, algo dentro de nós deve ter mudado.”
Em seguida a presidente do CRMV/PA, Dra. Nazaré Fonseca, agradeceu a presença de todos e também deixou sua mensagem de Círio.
“Desejo que todos nós sigamos como uma família, com confiança, respeito e com muita fé. Que a corda nos una em um elo de amor, crença e fé, e que possamos juntos dar continuidade a este trabalho realizado no CRMV. Feliz Círio e que todos renovem sua fé!”
Na manhã desta sexta-feira (9/10), a diretoria, conselheiros e servidores do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Pará (CRMV/PA), participaram de confraternização em homenagem ao Círio de Nazaré, no auditório da sede do Regional, respeitando todas as medidas de distanciamento social.
O momento de celebração contou com a participação do voluntário do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, Elton Sacramento, que abrilhantou o encontro com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Ele fez uma oração com a diretoria e colaboradores e deixou uma mensagem de esperança.
“Esse é um Círio diferente, Nossa Senhora nós permite olhar para dentro de nós mesmos. O manto representa a metamorfose desse momento em que vivemos, algo dentro de nós deve ter mudado.”
Em seguida a presidente do CRMV/PA, Dra. Nazaré Fonseca, agradeceu a presença de todos e também deixou sua mensagem de Círio.
“Desejo que todos nós sigamos como uma família, com confiança, respeito e com muita fé. Que a corda nos una em um elo de amor, crença e fé, e que possamos juntos dar continuidade a este trabalho realizado no CRMV. Feliz círio e que todos renovem sua fé!”
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Pará (CRMV/PA) vem a público manifestar o seu profundo pesar pelo falecimento do Médico Veterinário, MARIO ARTHUR DA COSTA LEAL, ocorrido na madrugada do dia 08 de outubro de 2020, no estado do Amazonas.
Nesse momento de dor, o CRMV-PA se solidariza com todos os familiares e amigos e expressa as mais sinceras condolências por tão grande perda.
Na Medicina Veterinária, em especial na área de zoonoses, o desafio diário vai além do diagnóstico e tratamento das mais de 200 doenças transmitidas do animal para o homem. A prevenção e o controle de agentes de doenças são prioridades. Os últimos dados da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) mostram que 75% das doenças humanas emergentes ou reemergentes do último século são zoonoses.
“De cada dez doenças que se apresentam clinicamente em seres humanos, pelo menos sete são causadas por agentes infecciosos pertencentes a gêneros que também já foram identificados em animais”, explica o médico-veterinário Nélio Batista de Morais, presidente da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNSPV/CFMV).
Coordenador de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza, entre outras atribuições, Morais ressalta que a Medicina Veterinária ocupa uma posição central e essencial no desenvolvimento de ações preventivas para a saúde pública. “Pelo seu conhecimento sobre o papel de animais e vetores na transmissão das doenças endêmicas e epidêmicas, no diagnóstico laboratorial, na vigilância em saúde, na atenção primária e na pesquisa, o Médico-Veterinário é um dos principais profissionais para atuar na interface homem-animal-ambiente, e, dessa forma contribuir em todas as etapas, desde o campo até a mesa do consumidor, mas principalmente na prevenção e no controle das principais zoonoses e dos próximos riscos de possíveis epidemias, completa.
Levantamento feito pela CNSPV/CFMV, com base nos relatórios de 2019 do Ministério da Saúde, aponta que entre as zoonoses incidentes no país, mais de 80% dos casos de óbito em humanos estão ligadas a apenas duas: leptospirose (47,5%) e leishmaniose visceral (32,7%). Isso não tira o foco das autoridades de saúde pública no combate às demais.
“Doenças transmitidas por insetos vetores, como dengue, zika, febre chikungunya e malária, têm um potencial de acometer um grande número de indivíduos, levá-los a óbito e causar epidemias. Existem outras doenças vetoriais que envolvem um animal vertebrado como reservatório ou amplificador dos microrganismos ou vírus, como é o caso de: febre amarela, leishmaniose visceral, leishmaniose tegumentar, doença de Chagas e febre maculosa, além da leptospirose, hantavirose, toxoplasmose, raiva e, mais recentemente, a esporotricose zoonótica”, reforça Morais.
Ele ressalta, ainda, os novos agentes infecciosos que podem emergir para uma transmissão inter-humana e causar epidemias e pandemias, como é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) e, agora, a covid-19. Nessas doenças virais, a suspeita é que os vírus envolvidos tenham se originado de animais.
Animais de produção
No espectro das zoonoses, também é importante destacar as que podem acometer animais de produção de interesse econômico, como a tuberculose e a brucelose bovina, bem como a salmonelose, para citar algumas das que podem ser transmitidas pela ingestão de produtos de origem animal contaminados e representam um sério risco para a saúde pública.
O Brasil se consolidou como uma potência no agronegócio. O rebanho bovino, por exemplo, é o maior do mundo, com 222 milhões de animais, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Mais que quantidade, a carne de gado brasileira é reconhecida pela sua excelência, afinal, somente um rebanho saudável pode ser exportado e ganhar a confiança dos mercados mais exigentes do planeta.
Em Santa Catarina, único estado brasileiro reconhecido mundialmente como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, também livre de Peste Suína Clássica e sem nenhum caso registrado de gripe aviária, a meta agora é erradicar a brucelose e a tuberculose bovina, problemas sérios na saúde pública e um entrave na exportação. Os desafios são grandes, explica a médica-veterinária Karina Diniz Baumgarten, que há 11 anos coordena o Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) no Estado.
“No início, era difícil fazer as pessoas entenderem que a brucelose era uma zoonose e que os produtores e trabalhadores das fazendas corriam risco de se infectar. Como não havia diagnóstico em humanos, era normal que não acreditassem. Depois de 2012, com a publicação do Protocolo de Atendimento à Brucelose Humana pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive/SC), casos humanos foram detectados e tratados. Com a divulgação desses números, a população ficou mais alerta. Agora, estamos trabalhando o Protocolo de Tuberculose Zoonótica com a Dive, o qual deve causar impacto semelhante”, explica Karina.
A preocupação com a saúde humana é uma constante neste meio. “A população só ficará protegida quando erradicarmos estas doenças no rebanho bovino. Os grupos de maior risco são os próprios Médicos-Veterinários de grandes animais, os produtores, trabalhadores rurais, técnicos de laboratórios de diagnóstico, de produção de vacina e magarefes. Estes últimos sofrem com estas doenças endêmicas, pois todo o rebanho vai algum dia para o abate, independente de conhecer seu status sanitário, então eles estão diariamente expostos aos riscos”, diz a coordenadora.
Ameaças globais necessitam de uma resposta global e, nesse cenário, quais seriam as estratégias para combater a transmissão de agentes patogênicos? A indagação é da médica-veterinária Janice Ciacci Zanella, pesquisadora e chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves. “Algumas lições foram aprendidas com a emergência da SARS e da influenza aviária, por exemplo. A perda de mercados para produtos de origem animal é uma realidade quando a saúde pública está em jogo. A detecção precoce e a notificação de doenças, bem como o compartilhamento de informações e de agentes patogênicos entre países, são pontos-chave para uma pronta resposta no âmbito nacional e mundial”, pondera.
De acordo com a pesquisadora, os fatores para emergência de doenças são pouco conhecidos e entendidos, mas o principal é a expansão da população humana. Outros fatos, como a urbanização, a alteração das práticas de manejo, interação com animais silvestres, mudanças no meio ambiente e aquisição pelos patógenos de novos fatores de virulência estão entre os principais. Em resumo, a maioria dos fatores são impostos pela interferência do homem. “As cidades estão crescendo, as pessoas estão morando mais próximas de regiões antes não habitadas e os cursos dos rios estão mudando. Isso faz com que vírus e bactérias que estavam restritos a determinadas regiões se desloquem. O fato das pessoas viverem mais reduz a imunidade e o homem torna-se mais suscetível a doenças. Isso sem contar com a evolução natural dos patógenos”, aponta.
“Compreendendo esses fatores, agindo em todas estas frentes é possível monitorar e controlar esses eventos quando eles ocorrem”, afirma a pesquisadora. No último século, emergiram ou reemergiram pelo menos 14 doenças infecciosas ou parasitárias, com destaque para ebola, dengue, chikungunya, zika, febre amarela, tuberculose, SARS, sarampo, varíola, HIV/ AIDS, gripes (influenzas humana, aviária ou suína) e parasitoses.
Em cadelas com propensão ao desenvolvimento de neoplasias, de todos os tumores possíveis, a probabilidade da ocorrência do câncer de mama fica entre 45% e 50%. É o que afirma o médico-veterinário Andrigo Barboza de Nardi, autor do livro Quimioterapia Antineoplásica em Cães e Gatos (2008) e coautor de outros dois, Oncologia em Cães e Gatos (2016) e Princípios e Técnicas de Cirurgias Reconstrutivas da Pele em Cães e Gatos (2016).
Com 20 anos de experiência na área e mais de 40 estudos de oncologia publicados em periódicos científicos, toda a sua especialização, do mestrado à pós-doutorado, foi em cirurgia veterinária, com ênfase em oncologia.
Atualmente, é professor de cirurgia, no Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária, da Universidade Estadual Paulista (Unesp-Jaboticabal). Ele explica que a ocorrência de câncer de mama nas gatas é diferente, sendo o terceiro de maior prevalência, atrás de linfomas e carcinomas de células escamosas (câncer de pele). “A probabilidade da incidência do câncer de mama em gatas com propensão à neoplasia fica entre 20% e 30%”, diz.
Outubro Rosa Pet
Nem por isso os tutores podem descuidar de suas fêmeas de estimação. A prevenção de tumores mamários em cadelas e gatas ainda é a melhor opção. A recomendação é que façam o exame frequente de palpação ao longo das duas cadeias mamárias. “O diagnóstico e o tratamento precoce da lesão ainda é a melhor maneira de proporcionar um prognóstico e, para algumas pacientes, a possibilidade de conferir a cura do tumor”, alerta Nardi.
O mês de outubro chega para reforçar a necessidade de o tutor fazer essa avalição em casa e, ao detectar algum nódulo ou aumento de volume, recomenda-se que o animal seja levado ao médico-veterinário para avaliação clínica e orientação sobre a melhor abordagem de diagnóstico e tratamento.
A cada ano, o Outubro Rosa Pet ganha maior adesão e, em 2020, em meio à condição de distanciamento devido à covid-19, médicos-veterinários se uniram para fortalecer a campanha de um novo jeito, por meio das mídias sociais. Coordenados pelo professor Geovanni Dantas Cassali, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está sendo promovida a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Mama em Animais de Companhia.
Na programação do Outubro Rosa Pet Brasil realizará um evento on-line e gratuito, de 26 a 29 de outubro de 2020, que reunirá palestrantes de todo o país. Mais informações podem ser encontradas no Instagram @outubrorosapet.
Prevenção
Segundo Nardi, a literatura cita e na prática ele já comprovou que a castração precoce é uma das formas de prevenir os tumores de mama. Antes, se preconizava a castração antes do primeiro cio. Agora a orientação mudou, pois trabalhos publicados nos últimos cinco anos, descrevem consequências indesejadas relacionadas com a castração precoce, como tendência à incontinência urinária na fase adulta, alterações comportamentais e favorecimento à obesidade. Em cadelas de grande porte e gigantes podem ocorrer até alterações de desenvolvimento ósseo. “Por esses motivos, temos indicado a castração entre o primeiro e segundo clico estral [cio]”, orienta o professor.
De acordo com a médica-veterinária Márcia de Figueiredo Pereira, a influência hormonal é um dos fatores de risco mais relevantes, por isso a indica-se a castração como forma de prevenção.
“O risco de desenvolver carcinomas mamários é de 0,05% em cadelas castradas antes do primeiro cio e houve redução de até 91% [da doença] em gatas castradas antes dos 6 meses de idade. No entanto, a idade de castração ainda é um tópico de discussão considerando-se o risco de problemas ortopédicos ou outras neoplasias”, pondera.
Assim como Nardi, Márcia também sugere a castração entre o primeiro e o segundo cio, e afirma que o uso de progestágenos ou estrógeno-progestágenos também foi associado ao desenvolvimento de tumores benignos ou malignos em gatas e a carcinomas mamários em cadelas.
Causas
Professora associada de Patologia, do Departamento de Medicina Veterinária, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Márcia lembra que a complexidade dos tumores mamários tem instigado pesquisadores a realizar estudos que contribuam com a redução de riscos de desenvolvimento e evolução da doença. Segundo a docente, o alto risco de morte coloca o câncer de mama em destaque, uma vez que muitos estudos têm demonstrado que a maioria dos tumores mamários em cadelas e gatas é maligno.
Diversos fatores de risco tem sido objeto de estudos, como idade, raça, dieta, obesidade e fatores hormonais, segundo a professora. “As cadelas acometidas têm geralmente entre 7 e 12 anos, enquanto, em gatas, as neoplasias são mais frequentes entre 10 e 11 anos de idade”, afirma. Para ela, a dieta e a obesidade, especialmente em animais obesos desde o primeiro ano de vida, são fatores importantes que têm sido associados ao desenvolvimento de tumores mamários.
Márcia relata que a compreensão dos fatores de risco é importante para a prevenção, mas é necessário ainda estabelecer condutas para o diagnóstico, prognóstico e tratamento dos tumores mamários. Para isso, médicos-veterinários de todo o país reúnem-se periodicamente para elaborar um consenso que conduza a resultados práticos e atualizados, fornecendo diretrizes sobre as neoplasias mamárias. “Estes encontros conduziram a produção de artigos [Braz. J. Vet. Pathol., v.7, n.2, 2014; Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. 2018, v.55, n.2, 2018] que tem auxiliado a aprimorar o diagnóstico e direcionar condutas terapêuticas que melhorem os resultados com relação às neoplasias mamárias”, revela.
Tratamento
Nardi explica que o tratamento de eleição mais apropriado ainda é o cirúrgico, especialmente quando está restrito à mama. Em casos de tumores malignos agressivos, de acordo com critérios e indicadores relevantes de malignidade, , o profissional indica a realização de quimioterapia antineoplásica no pós-operatório, como tratamento complementar, na tentativa de melhorar o prognóstico e aumentar a sobrevida.
Márcia concorda que o protocolo cirúrgico para cada paciente se baseia no tamanho da lesão primária, na presença de metástases em linfonodos e de metástases distantes. “O diagnóstico histopatológico continua sendo o padrão ouro, que é a melhor ferramenta para prever o comportamento biológico, mas o estudo de marcadores prognósticos e preditivos podem auxiliar o planejamento terapêutico, além de oferecer alternativas para tratamento e aumentar as chances de sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente”, declara.
Como tratamento complementar, para Nardi as práticas integrativas são bem-vindas. “Vemos na prática que a acupuntura ajuda a reduzir a dor e manter o equilíbrio orgânico da paciente, até mesmo para que ela consiga tolerar de forma mais tranquila o tratamento convencional”, explica.
A radioterapia também é uma opção, segundo ele, podendo ser indicada em alguns casos de tumores que não são operáveis. “Lesões muito grandes, que comprometem várias mamas, ao longo das duas cadeias mamárias e com infiltração na parede da cavidade abdominal, a radio pode ser uma opção”.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Pará (CRMV/PA) vem a público manifestar o seu profundo pesar pelo brusco falecimento do Médico Veterinário, LAUDIVALDO TAPAJÓS DOS ANJOS JÚNIOR, ocorrido no dia 30 de setembro de 2020, em Santarém/PA.
Nesse momento de dor, o CRMV-PA se solidariza com todos os familiares e amigos e expressa as mais sinceras condolências por tão grande perda.
Em virtude de manutenção programada da rede e dos sistemas de informação do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), todos os serviços de tecnologia da informação estarão temporariamente indisponíveis nos dias 3 e 4 de outubro.
O Sistema de Cadastro de Profissionais e Empresas (Siscad Web), o site do conselho e todos os serviços digitais do CFMV, como a Anotação de Responsabilidade Técnica Eletrônica (e-ART) e a emissão de boletos, estarão fora do ar nesses dois dias.
A ação tem caráter preventivo, está prevista para durar apenas o final de semana e é importante para garantir a segurança dos sistemas de informação.
Com o compromisso “Inovação e Transparência”, a atual gestão do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) vem investindo em tecnologia da informação desde que assumiu a autarquia e agora lança a versão web do Sistema de Cadastro de Profissionais e Empresas (Siscad Web) totalmente adaptado e acessível para dispositivos móveis, como smartphones e tablets, e com a funcionalidade de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) integrada.
Além de correções de infraestrutura e melhorias de rotinas de segurança, a solução web permite que médicos-veterinários, zootecnistas, empresas e sociedade acessem os serviços digitais do Sistema CFMV/CRMVs pelo celular, contando com a facilidade do aplicativo (app) disponível para download nas lojas oficiais da Google Play (Android) e da App Store (iOS).
“Desenvolvemos uma solução digital de gestão integrada, com elevados requisitos de segurança, integridade, inviolabilidade e confiabilidade, que facilite a identificação e o atendimento aos profissionais, visando fortalecer a imagem institucional e o posicionamento do CFMV perante a sociedade”, afirma o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti.
Com navegação intuitiva e simplificada, o aplicativo possui duas áreas de acesso. A de utilidade pública está disponível para toda a sociedade e permite consultar os médicos-veterinários e os zootecnistas inscritos no Sistema CFMV/CRMVs, bem como as empresas registradas e o responsável técnico. Ainda possibilita emitir e validar certidão, pesquisar legislações relacionadas às profissões, e acessar as redes sociais do Conselho Federal.
Profissionais e empresas
Junto com o aplicativo, a área restrita aos profissionais e empresas ganha duas funcionalidades: a inclusão de geolocalização e a opção de gerar e imprimir boletos. No espaço privado, o profissional ainda visualiza e atualiza as informações de cadastro, de formação e de área de atuação. Também verifica suas inscrições primária e secundárias, as pendências financeiras e emite certidão negativa.
“Os profissionais agora têm nas mãos uma ferramenta ágil para atualizar constantemente seus dados e acessar serviços apenas usando um smartphone”, diz o presidente.
O ambiente reservado está disponível para profissionais e empresas cadastrados nos CRMVs, com exceção de Minas Gerais, que usa aplicação própria e não está integrada ao sistema do Conselho Federal.
A versão mobile também chega para agilizar processos de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Com o aplicativo, o profissional tem condições de gerenciar suas ARTs pelo celular, verificar validade, emitir ficha e boleto. É possível também iniciar uma nova ART, que será avaliada pelo CRMV, preenchendo os dados e seguindo o passo a passo até aceitar os termos da Resolução nº 1.228/2018.
Cada ficha de ART terá um código QR Code com criptografia imune à fraude. “Essa codificação vai simplificar a fiscalização dos estabelecimentos, permitindo que qualquer cidadão com um celular na mão verifique se a ART está homologada e a autenticidade dos dados do responsável técnico”, assegura o diretor de Tecnologia da Informação, Marcos Paulo Del Fiaco.
Uma projeção da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), feita em 2013, dá conta de que, em 2050, a população mundial será de 9,8 bilhões de pessoas. Isso representa mais 29% sobre o total atual, sendo que o crescimento maior ocorrerá nos países em desenvolvimento. Por consequência, será necessário aumentar a produção de alimentos em 70%, bem como a de carnes, que precisará chegar a mais de 200 milhões de toneladas.
É nesse cenário que o Brasil desponta como um dos principais players do mercado mundial na produção de proteína animal. O país ocupa, atualmente, o segundo lugar em carne bovina, terceiro em aves e quarto em suínos, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Na exportação, ocupa o primeiro (carne bovina e de frango) e o quarto lugar (suínos). Como garantir a inocuidade desses alimentos de origem animal para que cheguem em segurança e livre de contaminações à mesa de milhares de brasileiros e da população mundial?
A resposta é simples. Do campo à mesa do consumidor, tem um médico-veterinário inserido em cada etapa da cadeia produtiva dos alimentos de origem animal para resguardar a segurança desses produtos consumidos diariamente por milhões de pessoas. O trabalho desenvolvido por esses profissionais é fundamental para a vigilância e garantia da sanidade animal, além de contribuir para manter o nível do status sanitário que o país adquiriu, reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e tão importante para a abertura de novos mercados e acordos comerciais.
Também é competência privativa do médico-veterinário a inspeção e fiscalização sanitária, higiênica e tecnológica de matadouros, frigoríficos e demais derivados da indústria pecuária e, de modo geral, de todos os produtos de origem animal nos locais de produção, manipulação, armazenagem e comercialização, segundo a Lei nº 5.517/1968. Isso significa que os alimentos de origem animal e seus derivados encontrados nas gôndolas dos supermercados passaram por algum tipo de inspeção do serviço oficial, imediatamente identificados pelo selo, que pode ser federal (SIF), estadual (SIE) ou municipal (SIM).
A médica-veterinária Isabelle Campello, especializada em vigilância sanitária e qualidade dos alimentos, esclarece que o papel do médico-veterinário é justamente prevenir doenças e contaminações, intencionais ou não, nos produtos de origem animal. “A contaminação acidental se refere à food safety, ou seja, quando não há intenção prévia ou vantagem econômica por trás da presença do perigo no alimento. As contaminações intencionais e adulterações são abordagens dos programas food defense e food fraud, que contêm uma motivação ideológica ou geram ganho econômico”, explica.
O conceito de food safety abrange os perigos físicos: pedra, vidro, madeira ou plástico. Muitas vezes ele é visível e pode causar prejuízo à saúde, como um corte na boca, por exemplo. Os perigos químicos são resíduos de material de limpeza das linhas de produção, maquiagem ou perfume. Os perigos biológicos podem ser bactérias, fungos, vírus e parasitas inerentes à matéria-prima ou presentes no ambiente de processamento, causadores de patologias chamadas toxi-infecções alimentares. Listeria monocytogenes (vômito e diarreia), Clostridium botulinum (botulismo) e Salmonella (salmonelose) são alguns exemplos de perigos biológicos.
Já o food defense, ou defesa dos alimentos, visa à proteção contra os ataques intencionais, sejam eles físicos, químicos, biológicos, radiológicos ou nucleares, por uma motivação ideológica, vandalismo, sabotagem ou até mesmo bioterrorismo. É um requisito para a exportação de alimentos. Os Estados Unidos, por exemplo, exigem que todos os países exportadores tenham um programa de food defense implantado nas suas indústrias alimentícias. Food fraud mira ganhos econômicos, porém a ação pode resultar em risco à saúde do consumidor, como foi o caso, ocorrido em 2008, envolvendo leite em pó com melamina, levando à morte de seis bebês e mais de 50 mil hospitalizados com problemas urinários e renais.
Diante da atual crise sanitária mundial, causada pela pandemia da covid-19, o médico-veterinário torna-se cada vez mais essencial para a manutenção da produção e garantia da segurança dos alimentos. A ausência desse profissional na cadeia de produtos de origem animal pode provocar impactos significativos na saúde pública, gerando o aumento da demanda por leitos hospitalares para o tratamento das toxi-infecções alimentares, sobrecarregando ainda mais o sistema de saúde. “Por essa razão, o médico-veterinário também cuida da saúde da população, garantindo o alimento seguro”, afirma Isabelle, que há 13 anos atua na área de Inspeção Higiênico-Sanitária de Produtos de Origem Animal.
Os profissionais que não efetuaram o voto na Eleição CRMV/PA do dia 14 de julho de 2020 poderão encaminhar a justificativa eleitoral até o dia 30 de setembro, conforme disposto na Resol. CFMV nº 1.346/2020, para evitar a incidência de multa.
O médico-veterinário e/ou zootecnista deve enviar a sua justificativa e expor os fatos e circunstâncias que impossibilitaram seu voto para o e-mail: financeiro@crmvpa.org.br