Blairo Maggi destaca potencial do Pará no desenvolvimento do agronegócio
O Pará é o Estado do futuro do agronegócio no Brasil, afirmou o ministro Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na tarde desta segunda-feira (4), diante do governador Simão Jatene, na solenidade de abertura do V Encontro Nacional de Defesa de Sanidade Animal (Endesa 2017), realizado no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém.
(foto: Thiago Gomes/Ag. Pará)
De acordo com o ministro, que é natural do Mato Grosso, maior produtor de grãos e gado do Brasil, o Pará possui vantagens tanto geográficas quanto estruturais em relação ao Mato Grosso, o que lhe abre possibilidades em todos os setores do agronegócio. “O Pará possui os rios para transportar os grãos e a proximidade com os grandes portos, além de ter uma extensão maior que o Mato Grosso, o que diz respeito a 28 milhões de hectares de terra”, ressaltou o ministro.
Ainda de acordo com Blairo Maggi, o Mato Grosso tem 903.357 quilômetros quadrados, enquanto o Pará possui 1,25 milhão quilômetros quadrados de extensão e, destes, 28 milhões de hectares já são terras antropizadas – modificadas pela ação do homem. “Se forem utilizadas pelo menos 50% destas terras para a agricultura serão 14 milhões de hectares, e o Mato Grosso produz em apenas 10 milhões de hectares os 60 milhões de toneladas de grãos”, comparou.
Segundo o governador Simão Jatene, para o Estado avançar na produção e combater a pobreza e a desigualdade é preciso uma tripla revolução. “Uma revolução pelo conhecimento, que coloque o conhecimento e a inovação a serviço de outra forma de viver e de se relacionar com a natureza. Uma revolução pela produção, que retire o conceito de produção dos manuais de economia e o coloque no manual da vida. Se preservar florestas e rios na Amazônia é importante para a reprodução da vida no planeta, preservar é também uma forma de produzir”, declarou o governador paraense, acrescentando que essa tripla revolução se completa com novas formas de gestão e governança.
Sem aftosa – Blairo Maggi e Simão Jatene também assinaram a Instrução Normativa que reconhece as Zonas de Proteção do Pará como livres de febre aftosa com vacinação. De acordo com o ministro, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) deverá fazer o reconhecimento internacional da condição sanitária dessas zonas em maio de 2018. O ministro assinou ainda as Instruções Normativas sobre sanidade animal, prevenção, controle e erradicação do mormo e uso de vacinas vivas atenuadas contra salmonela paratífica em aves matrizes.
Foi firmado também durante a cerimônia um acordo de cooperação técnica entre o Mapa e o Conselho Federal de Medicina Veterinária. O Acordo tem como objetivo ampliar ações de articulação e aprimorar o intercâmbio de experiências e informações entre as instituições. Além disso, visa o desenvolvimento de um Plano de Educação Continuada em Defesa Sanitária Animal voltado a médicos veterinários e outros profissionais interessados no tema.
Da solenidade de abertura também participaram o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel; o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques; o secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Giovanni Queiroz, e o presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado Márcio Miranda, além de outros secretários de Estado.
Sustentabilidade – O Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal é promovido pelo Departamento de Saúde Animal, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa. O tema deste ano é "Serviço Veterinário Brasileiro: Em busca da Sustentabilidade"
Do evento participam palestrantes nacionais e internacionais, abordando temas como o papel dos serviços veterinários na produção e comércio seguro de alimentos e no bem-estar animal; desempenho, avaliação e financiamento do serviço veterinário nacional; aplicação de ferramentas da epidemiologia e economia no serviço oficial; papel do veterinário privado na defesa sanitária; abordagem de saúde única em resistência a antimicrobianos e o plano de ação do Brasil; interação dos veterinários das Forças Armadas com o serviço veterinário oficial, além de temáticas relacionadas às ações em epidemiologia, trânsito, quarentena e saúde de suínos, abelhas, animais aquáticos, ruminantes, animais selvagens, equinos e aves.
Como nas edições anteriores, haverá apresentação de trabalhos técnico-científicos sobre defesa sanitária animal, em sessão de pôster, de acordo com as regras para a inscrição de trabalhos.