Exposição vai retratar a história de erradicação da febre aftosa. Quer contribuir com fotos e objetos? Saiba como.
Em 25 de maio, durante reunião oficial, em Paris, na França, o Brasil será declarado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) “País Livre de Febre Aftosa com vacinação”. O Comitê Científico da OIE já recomendou o reconhecimento.
“Para divulgar este momento histórico, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) planeja realizar uma exposição com fotos e objetos que retratem o processo de erradicação da doença. Ela será realizada no local da reunião da OIE, em Paris”, revela a médica veterinária e coordenadora do projeto, Tânia Maria de Paula Lyra. Tânia, que já ocupou vários cargos no Mapa, como o de Secretária de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura agora contribui, voluntariamente, para a organização da exposição.
A médica veterinária explica que o objetivo do evento é apresentar com fotos e objetos, como seringas de vacinação da época, as diferentes etapas da erradicação. Quem fez parte desta história e tiver algum material que retrate a questão e queira contribuir, basta entrar em contato pelo e-mail para tanialyra@terra.com.br.
O endereço de envio dos objetos é: Departamento de Saúde Animal – Aos cuidados de Eliana Lara, chefe da Divisão de febre Aftosa – Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Anexo A, 3º andar, CEP: 70.043-900, Brasília (DF).
Junto com os materiais, é importante incluir dados pessoais e informações importantes da foto ou objeto. Caso permitido, a identidade do remetente e detalhes também serão divulgados durante a exposição.
De acordo com Tânia, o Mapa planeja expor o material no Senado Federal, em Brasília (DF), na primeira quinzena de maio deste ano.
Erradicação da Febre Aftosa no Brasil
No passado, não existia vacina em quantidade e em qualidade contra a doença. O governo implantou laboratórios oficiais de produção de vacinas e apoiou a ampliação das indústrias particulares. Na década de 80, obteve-se uma vacina de qualidade após uma pesquisa experimental conjunta entre Ministério da Agricultura e Centro Pan-americano de Febre Aftosa.
As demais estratégias avançaram ao longo dos anos, como o controle de trânsito; a fiscalização nas fronteiras; a atuação nos países vizinhos na vacinação de bovinos; a vigilância ativa; e o monitoramento soro epidemiológico. O Brasil passou do total de 66.114 focos da doença na década de 70, o que representa em torno de 6.500 focos por ano, para 25.248 focos na década de 80 e, para 7.500 focos na década de 90, o que representou menos de 1.000 focos por anos.
Desta forma, foi possível a erradicação representada pela ausência de focos da doença no Brasil a partir de 2007, com a perspectiva de retirada da vacinação nos próximos anos. Manter a situação conquistada e obter a condição de livre sem vacinação é a meta de toda a classe veterinária, que será alçada com a declaração da OIE, em maio, em Paris.